'Chacina de Unaí': Antério Mânica se entrega à polícia A confirmação desta manhã veio por meio da defesa do condenado, que informou sua entrega às autoridades

Antério Mânica saiu do prédio da Justiça Federal na noite desta terça-feira — Foto: TV Globo / Reprodução



O fazendeiro Antério Mânica se entregou à Polícia Federal em Brasília na manhã deste sábado, 16 de setembro. A informação foi confirmada pela defesa de Antério. Ele é um dos condenados pela chacina de Unaí, que resultou na morte de auditores fiscais do trabalho em 2004.

Quatro fiscais do Ministério do Trabalho foram mortos em 2004, na Chacina de Unaí — Foto: Reprodução/TV Globo

Antério é apontado como um dos mandantes desse terrível crime. Além dele, José Alberto de Castro, acusado de ter contratado os executores que assassinaram três auditores fiscais do trabalho e seu motorista, também foi preso em Minas Gerais na quinta-feira, 14 de setembro.

Antério foi condenado a uma pena de 64 anos de prisão em regime fechado. Na quarta-feira, 13 de setembro, a Justiça determinou a prisão imediata de todos os condenados que foram considerados mandantes do crime que vitimou os auditores fiscais do trabalho Erastóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares, Nelson José da Silva e o motorista Ailton Pereira de Oliveira.

Em 28 de janeiro de 2004, os auditores fiscais do trabalho Erastóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares, Nelson José da Silva e o motorista Ailton Pereira de Oliveira foram brutalmente assassinados em uma emboscada na zona rural de Unaí, na Região Noroeste de Minas Gerais. Eles estavam realizando investigações sobre denúncias de trabalho análogo à escravidão na ocasião.

Os fazendeiros envolvidos foram condenados a penas que totalizaram mais de 50 anos de prisão, por quádruplo homicídio, triplamente qualificado por motivo torpe, mediante pagamento de recompensa em dinheiro e sem possibilidade de defesa das vítimas.

Em uma declaração, o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho (SINAIT) enfatizou que a luta dos familiares das vítimas, que persistiu por mais de 20 anos, não foi em vão. O SINAIT afirmou: "Certamente, sem esse trabalho, não teríamos chegado a esse desfecho, pois os envolvidos são pessoas de alto poder econômico, com os melhores advogados de defesa."



 

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